domingo, 22 de agosto de 2010

Bad boy or annoying boy?




O que será que vale mais, uma relação patológica, porém cheia de desejo e atração, ou uma relação afetuosa, saudável, porém sem tesão?

Se me perguntassem isso um mês atrás, seria veemente em dizer que a saudável, lógico e evidente. Tem que gostar de sofrer para entrar conscientemente em uma relação patológica, diria eu. E julgaria qualquer uma que estivesse vivendo uma situação dessas, como já julguei várias vezes. Porém, agora quem esta sofrendo com esse dilema sou eu. E, sendo assim, tudo muda de figura.

De um lado tem aquele cara que lhe ignora, só lhe dá atenção quando o convém, é uma concha (como definiria uma amiga), nunca se mostra de verdade, vive atrás de aparência, sapatos, roupas, perfumes e carrão. Porém, quando lhe pega, UI! Você perde a noção. Esquece dos anos de evolução da espécie humana e de todo o seu lado racional. E você passa a fantasiar, a sonhar, a se ver ao lado dele. E não sabe mais o que foi real e o que foi criação da sua cabeça. E nessa confusão mental, você começa a achar que ele é legal, porém um pouco fechado, e que se você conseguir entrar no seu mundinho particular, pode ajudá-lo a sair de lá e seguir com você. Até que ele a ignora mais uma vez, e essa história se repete por anos, só confirmando que, como diria o filme, "he´s just not that into you".

Do outro lado tem o carinha legal, que está sempre disponível para lhe ouvir, para lhe ajudar, para lhe apoiar, para se solidarizar com você. Mas cadê a química? O cheiro dele não lhe atrai (não é um problema de mau cheiro, entendam), o beijo dele não é legal. Pegada que é bom, nada. E ele é tão legal e disponível que você começa a achá-lo chato. E ele não tem o carrão nem os perfumes que tanto lhe atraem. Aliás, nem carro tem e, se duvidar, usa perfume da Avon. E não tem tantas ambições e perspectivas como você gostaria. Não lhe desperta grande admiração. Mas é louco por você.

E ai, o que fazer?

a) Agir como sempre, abstraindo as duas opções e seguindo a vida, proud, but alone?

b) Continuar a relação doentia, com a esperança de que algo mude?
(Relação? E desde quando há uma relação? Alguns amassos podem ser considerados relação? Só se for uma relação com o meu inconsciente que projeta a imagem mental que tenho dele)

c) Dar uma chance ao cara legal? Tentar achar alguma graça nele? E até quando vou suportar isso? E é certo ter que SUPORTAR uma relação? Será que com a convivência aprendo a gostar dele? Mas em que século vivemos para eu ter que aprender a gostar de alguém?

d) Será que tenho que mudar a minha forma de ver os homens? E será que DEVO mudar a minha forma de vê-los só porque ainda não encontrei alguém que me atraia e que eu possa investir numa relação saudável?


São tantas questões. Será que realmente o problema é comigo? Provavelmente.

Vou aprendendo também... 

5 comentários:

  1. Guinevere, fiquei muito feliz de você ter feito esse blog! Está uma graça! E, quer saber, entendo completamente seu dilema! Já passei por isso e escolhi a primeira opção (digo logo!) Proud, but alone! Alone demais, se quer saber!
    Já fiquei fã!
    Beijão

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  2. Também já fiz essa opção algumas vezes. Mas fico me perguntando se não sou exigente demais. E vamos combinar que chega um ponto que ficar "alone" é muito ruim.
    Beijão e obrigada pela adesão.

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  3. Guinevere,
    ficar alone demais é péssimo! Nada que um chocolate de quando em vez não resolva! risos
    Mas, já me perguntei se não estava ficando exigente demais. Descobri que não, eles que têm que subir para os nossos parametos!
    Beijão moça

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  4. Guinevere, como um (bom) solteiro, às vezes sentimos sim falta de uma boa companhia. Mas, muitas vezes o tipo de companhia que precisamos: alguém para conversar, rir, nos ouvir, gargalhar, sair, ir ao cinema, ver um filminho, viajar etc.; não necessariamente precisam de uma relação "carnal" na forma de amor erótico como define a filosofia tradicional. Essa forma de amor que você (assim como diversas outras pessoas) tende ao amor fraternal, não ao amor erótico. E, para o primeiro, muitas vezes as nossas amizades, a internet e alguns bons chocolates (como pontuado por J.C.) ou uma boa bebida nos bastam. Para o segundo, é mais fácil achar alguém disponível por aí nos momentos de necessidade...

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  5. Nem pensar.
    Ainda resta uma dosezinha de romantismo em mim que me faz continuar buscando alguém com quem eu possa aliar esses dois amores, o fraternal e o erótico.
    Mas entendo (hoje eu entendo) que cabeça de homem funciona diferente. Para vocês é mais fácil "achar alguém disponível por aí nos momentos de necessidade".
    E mesmo adorando estar com os meus amigos, chocolate engorda, dá celulite e, a longo prazo, depressão (ao me ver gorda no espelho). Logo...

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